sobre cães e gatos: E nós, os Frajolinhas lá de baixo, estamos crescendo...agora com 4 meses, mais ou menos...

segunda-feira, 4 de abril de 2011

E nós, os Frajolinhas lá de baixo, estamos crescendo...agora com 4 meses, mais ou menos...

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“Aquele que salvou uma vida, salvou o mundo inteiro” Talmud

Você está pronto para adotar um animal? Antes de mais nada, questione-se. Animais são dotados de fina sensibilidade, e suportam muito menos o abandono do que os humanos. Nós, pelo menos, podemos racionalizar a questão. Eles não, são pura emoção e instinto. Dão trabalho, precisam do seu dinheiro e tempo.

Pense.

Imagine as vacinas, os vermífugos, castração quando chegar a hora de fazê-lo, e o que gastará com rações e areia ou tapete higiênico.
Se optar por um cão, terá que ter tempo para passear com ele. Terá que banhá-lo, e tosar seus pelos, especialmente no verão carioca.
Se optar por um gato, e se ausentar muito, é preferível que você adote logo dois de uma mesma ninhada. Eles não gostam de ficar sozinhos por muito tempo. Tela nos apartamentos é essencial, eles não tem noção de distância e invariavelmente caem dos parapeitos, acredite. Já tive essa experiência, e não é boa.
Caso more em casa, dê um jeito de proteger os muros, mesmo os castrados saem e podem não voltar. Com muita frequência são mortos, seja por atropelamento ou envenenamento.
Pense em como fará se quiser viajar nos feriados prolongados ou nas férias. Teria você um bom amigo para cuidar dele, ou um parente próximo? Deixá-lo num hotel para animais também é uma opção, mas custa caro e ele se sente abandonado. Mas não deixa de ser uma opção para poucos dias de viagem.
Se mora em condomínio, verifique se a convenção permite animais domésticos. Ao mudar-se, tenha o mesmo cuidado.
Se for solteiro, e pretende casar-se, esteja certo de que seu parceiro também está disposto a acolher o animal. Se pretende ter filhos, pense em como conciliar a convivência entre eles, por que os pediatras, via de regra, não gostam de animais domésticos. ( Ah, mas como será construtiva a relação de seu filho com um animal doméstico, diria mesmo que é um diferencial na formação de caráter de uma criança ).

Preparado?

Então seja bem-vindo e delicie-se com a oportunidade única de subir mais um degrau em sua evolução doando-se a um ser angelical que te ensinará tudo sobre amor e gratidão.

Menininho

Chegou em casa pelos braços de minha filha. Apaixonei-me de imediato por seus olhos grandes e tristes. Olhos de pisciano, mais tarde soube. De tão pequeno, disse a ela: - ficamos, mas não se empolgue, nem dentes tem, foi abandonado muito miúdo, talvez não viva.

Viveu. Minha filha foi sua mãe canguru, e ele viveu derrubando tudo, fazendo xixi em todos os meus tapetes, implicando com a gata mais velha. Brigar com ele era inútil, nos olhava com aqueles grandes e tristes olhos de mel, e vinha nos lamber as mãos. Por tudo agradecia, até pela vacina no veterinário. Nos esperava na porta.

Não miava. arrulhava em nossos colos, de tão doce. Gostava mesmo dos ombros de minha filha, onde se enroscava em seus cabelos até deixar de ser visto.

Fugia sempre que podia. E corria pela porta, pelas escadas, acima ou abaixo, com toda a família atrás. E de tanto querer a liberdade, encontrou-a numa falha da velha tela, que, desleixadamente, aguardava um reparo.A mesma tela que ele escalava com seu corpo miúdo, deixando-nos a todos com o coração na boca. E voou, num último ato, para sua eterna liberdade.

E eu, que em nada acredito, ou quase, choro e imploro, Deus, exista, por favor, exista, e o tome em seus braços, por que somente em seus braços amorosos - garante os que creem - ele merece estar agora. E somente a certeza disso poderia me secar as lágrimas.

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E nós, os Frajolinhas lá de baixo, estamos crescendo...agora com 4 meses, mais ou menos...

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